Como o livre mercado, o cidadão máximo e a descentralização política transformaram a Suíça em um país próspero

Entenda como a Suíça, localizada em meio às montanhas, sem saída para o mar, quase sem terra fértil e recursos naturais, conseguiu conquistar e manter por tanto tempo excelentes indicadores econômicos e sociais.

No século XIII, alguns territórios politicamente independentes, denominados cantões, formaram a “Confederação Helvética”, para garantir interesses em comum, como o livre comércio entre as regiões, a paz nas rotas comerciais e a proteção contra *invasões externas.

Posteriormente, foi formada uma Assembleia Legislativa comum e a Constituição Federal foi promulgada em 1848, dando origem à Suíça como conhecemos hoje.

Apesar de terem se tornado uma nação, a cultura descentralizadora permaneceu forte no país, com um sistema político que transfere competências como a criação de impostos e fornecimento dos serviços básicos para os governos locais. 

Essa descentralização deu origem a um fenômeno: cidadãos insatisfeitos com a política local podem facilmente mudar-se para outro cantão. Dessa forma, os cantões passaram a competir entre si, promovendo um ambiente cada vez melhor para o cidadão.

A Suíça tem um sistema político baseado na participação ativa da população, tanto na proposição quanto na aprovação de leis. Esse processo ocorre através de referendos que são votados de 4 em 4 meses. Chama atenção o nível de consciência política dos suíços. Entre 1893 e 2014 quase 90% dos projetos federais apresentados foram reprovados pela população através dos referendos. Em 2001, cerca de 85% da população votou a favor da limitação dos gastos do governo.

A Suíça também é conhecida pela sua política de neutralidade e sempre se manteve fora das guerras. Enquanto diversos países europeus precisaram se reconstruir depois de guerras, a Suíça pôde seguir seu processo de desenvolvimento.

O país é sede de diversas organizações internacionais como o Fórum Econômico Mundial, a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio. Além de outras desportivas, como o Comitê Olímpico Internacional e a FIFA.

Em 1874, a Suíça, um país com poucos recursos, firmou um acordo de livre-comércio com diversos países.

“A abertura ao comércio mundial e ao investimento internacional permitiu que a Suíça se tornasse uma das economias mais competitivas e inovadoras do mundo. A economia suíça é beneficiada pelos altos níveis de flexibilidade e a força das instituições do país, que incluem uma forte proteção dos direitos de propriedade e tolerância mínima para a corrupção” segundo a Heritage Foundation.

A escassez de recursos levou o país a transformar a importação de produtos e serviços básicos em exportação de manufaturados com alto valor agregado, como relógios, joias, produtos farmacêuticos e os famosos chocolates. A estabilidade institucional e de sua moeda, além de sua neutralidade política, ajudaram a desenvolver seu sistema financeiro.

Atualmente, a Suíça é considerada a 5ª economia mais livre do mundo e a mais livre da Europa. Sua eficiência regulatória e alta produtividade também mantêm a Suíça no topo do ranking de competitividade.

Estes são alguns dados da Suíça:
IDH: Suíça 2º | Brasil 79º
Liberdade Econômica: Suíça 5º | Brasil 144º
Horas gastas por ano para pagar imposto: Suíça 63h | Brasil 1.501h
PIB Per Capita: Suíça 7º | Brasil 90º
Flexibilidade Trabalhista: Suíça: 2° | Brasil 133º

O NOVO também defende o livre mercado, a estabilidade das instituições, a participação ativa do cidadão na política e a descentralização do poder político, com uma revisão do pacto federativo. Temos muito o que aprender com a Suíça.

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