A vacina mais rápida já desenvolvida: entenda como foi possível iniciar a vacinação em tempo recorde com segurança e eficácia

A vacina mais rápida já desenvolvida.

Entenda como foi possível iniciar a vacinação em tempo recorde, com segurança e eficácia.

Menos de um ano após o início da pandemia, o mundo já está produzindo e aplicando vacinas contra a covid-19. Até então, a vacina mais rápida já desenvolvida havia sido a contra a caxumba na década de 1960, produzida em 4 anos.

Como as vacinas contra a covid-19 já estão sendo licenciadas e aplicadas em quase 50 países, incluindo toda a União Europeia, EUA, Reino Unido e Canadá?

O rápido desenvolvimento das vacinas contra a covid-19 foi possível por 3 principais razões:

▪Avanço científico
▪Colaboração global
▪Financiamento bilionário

▶Avanço científico

Em 11 de janeiro de 2020, cientistas publicaram, em Xangai, a sequência genética do coronavírus. Algumas horas depois, na Alemanha, a BioNTech, já havia desenhado as 10 possíveis candidatas à vacina de RNA. Uma delas se tornou a vacina da Pfizer.

Há 30 anos, era necessário solicitar um artigo científico pelo correio, que podia levar semanas para chegar. O mundo, e a ciência, funcionam em um ritmo cada vez mais dinâmico.

▶A colaboração global

O impacto econômico e social da pandemia afetou todos os países. Vivemos a maior recessão global desde a grande depressão, milhões de vidas foram perdidas, muitas empresas fecharam e o desemprego quebrou recordes históricos. Isso mobilizou países e a comunidade acadêmica, que tem cooperado no compartilhamento de estudos, testes e resultados.

▶Financiamento bilionário

O custo de desenvolvimento de uma vacina é muito alto. A corrida requer grandes investimentos, e não estar entre os primeiros produtores pode levar a um grande prejuízo. Por isso, doações e cooperações entre diversos setores da sociedade estão sendo fundamentais, tornando possível reduzir os riscos para os desenvolvedores das vacinas e realizar testes em larga escala em voluntários, acelerando o processo.

▶Os testes

Fase exploratória e pré-clínica: São avaliadas quais moléculas irão compor a vacina e testadas em animais. (roedores e primatas)

Fases clínicas (testes em humanos):

1 – Testes em dezenas de voluntários para testar a segurança e possíveis efeitos adversos.

2 – Testes em centenas de voluntários para testar em mais detalhes a segurança e verificar se a vacina funciona (eficácia).

3 – Testes em milhares de voluntários para avaliar a segurança e eficácia em diferentes grupos.

Após os testes, a vacina é monitorada por anos, em busca de eventuais reações adversas.

▶Como garantir a segurança e a eficácia

Para acelerar o processo, as agências reguladoras acompanharam os resultados das fases nos laboratórios.

Após o fim das 3 fases, a vacina precisa ser licenciada pelos órgãos reguladores dos países. O licenciamento atesta a segurança, eficácia e confiabilidade do processo de produção.

Nenhuma vacina deve ser disponibilizada ao público sem passar por todos estes processos.

A vacinação nos Estados Unidos começou no dia 14/12/2020. Duas semanas depois, mais de 2 milhões de pessoas foram vacinadas no país e 8 tiveram reações alérgicas, que já foram tratadas. A vacina não causou nenhuma morte.
No mesmo período, foram registrados 2,7 milhões de novos casos da doença nos EUA e mais de 35 mil mortes.

As vacinas contra a covid-19 já estão salvando milhares de vidas no mundo. Ainda não sabemos quando elas chegarão no Brasil, mas quando isso acontecer, vacine-se.

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