A censura é capaz de conter os discursos de ódio? A História nos mostra que não

Ao longo da história, podemos perceber que o autoritarismo e a censura surgem sob as mais diversas justificativas, muitas delas aparentemente bem-intencionadas. Atualmente, aqui no Brasil, a liberdade de expressão volta a ser constantemente ameaçada, com a desculpa de conter os discursos de ódio e a “desinformação”.

Porém, as experiências em outros países nos mostram que esta justificativa é bastante perigosa. A censura nunca foi a solução para conter os discursos de ódio, pelo contrário, ela os fortalece.

Conheça a história da Alemanha dos anos 1920-30 e entenda 👇

No período da República de Weimar (1919-1933), a Alemanha decretou uma série de leis proibindo o “discurso de ódio”. Nazistas famosos como Joseph Goebbels, Theodor Fritsch e Julius Streicher chegaram a ser presos por violarem estas leis.

Uma lei de 1922 permitiu que o governo censurasse publicações que criticassem ou incentivassem a violência política. Centenas de jornais nazistas foram fechados pelo governo. Vários estados alemães proibiram Hitler de discursar entre 1925 e 1927.

E qual foi a consequência?

Os nazistas não abandonaram sua ideologia perversa e perigosa. Pelo contrário, viram a censura como prova de que seu discurso conspiracionista era válido! A censura do governo fortaleceu ainda mais o ódio que tentava combater.

E fica pior: quando os nazistas tomaram o poder, todas essas leis foram usadas para calar e silenciar seus críticos. Esse é o risco de deixar o governo controlar o que pode – e o que não pode – ser dito.

O exemplo da Alemanha dos anos 1920-30 nos mostra que as consequências da censura governamental podem ser o contrário dos seus objetivos. Precisamos conhecer o que já deu errado no passado para que não volte a se repetir aqui no Brasil. O NOVO seguirá lutando contra tudo que ameace a liberdade dos brasileiros.

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