Como a Identidade Digital na Índia está acabando com a burocracia, gerando empregos e reduzindo a pobreza
Como a Identidade Digital na Índia está acabando com a burocracia, gerando empregos e reduzindo a pobreza. ⠀ A Índia, assim como o Brasil, é um país emergente, de dimensões continentais, populoso e com muita pobreza. Até recentemente, a Índia também era conhecida pela sua burocracia. ⠀ O modo arcaico de registrar as pessoas condenava milhões de indianos à “invisibilidade”. Sem registro adequado, estas pessoas não tinham acesso a serviços básicos, como educação e saúde, e também a serviços privados de todos os tipos. ⠀ Para enfrentar esse problema, a Índia lançou o programa “Digital India”, em 2015, com a meta de universalizar os serviços públicos digitais e expandir a conectividade em todo o país. ⠀ A Índia inscreveu em apenas 5 anos mais de 1,2 bilhão de indianos – quase 6 vezes a população brasileira – em seu programa de identidade digital, o Aadhaar. ⠀ O sucesso do sistema de cadastro indiano reside em sua simplicidade. Com apenas 4 dados básicos (nome, nascimento, sexo e endereço), e três identificadores biométricos únicos (digital, íris e rosto) o cidadão obtém sua identidade digital. ⠀ A identidade digital garantiu redução de custos e burocracias, menos filas e acesso digital a serviços públicos como marcação de consultas médicas, pagamento de impostos, registro de empresas, fechamento de contratos, programas de assistência social e muito mais. Além disso, aumentou a segurança ao substituir os documentos físicos, reduzindo fraudes, ineficiências e corrupção. ⠀ Ficou muito mais fácil para o indiano contratar serviços privados, o que atraiu investimentos, aumentou a concorrência e levou a melhores produtos e serviços por menores preços. ⠀ As assinaturas de internet e o consumo de dados quadruplicaram em 2017 e 2018. Em 2011, cerca de 40% dos adultos indianos tinham conta em banco. Em 2017, o número saltou para 80%, sendo 66% delas abertas pelo Aadhaar. Agora, esses indianos têm muito mais oportunidades. ⠀ Um relatório da consultoria internacional McKinsey prevê que essa onda de digitalização na Índia tem um potencial de 265 bilhões de dólares entre 2019 e 2025 nos mais diversos setores, com grande ênfase para os serviços de tecnologia. ⠀ No mesmo período, o ganho de produtividade gerado pela digitalização deve criar até 65 milhões de novos empregos. ⠀ A experiência indiana nos mostra que é possível implementar a identidade digital no Brasil, facilitando a vida das pessoas, estimulando a geração de empregos, reduzindo a burocracia, a corrupção e a pobreza. A digitalização é um passo essencial para termos um Estado mais eficiente e que pese menos no bolso do cidadão.
Como a Identidade Digital na Índia está acabando com a burocracia, gerando empregos e reduzindo a pobreza
Como a Identidade Digital na Índia está acabando com a burocracia, gerando empregos e reduzindo a pobreza.
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A Índia, assim como o Brasil, é um país emergente, de dimensões continentais, populoso e com muita pobreza. Até recentemente, a Índia também era conhecida pela sua burocracia.
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O modo arcaico de registrar as pessoas condenava milhões de indianos à “invisibilidade”. Sem registro adequado, estas pessoas não tinham acesso a serviços básicos, como educação e saúde, e também a serviços privados de todos os tipos.
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Para enfrentar esse problema, a Índia lançou o programa “Digital India”, em 2015, com a meta de universalizar os serviços públicos digitais e expandir a conectividade em todo o país.
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A Índia inscreveu em apenas 5 anos mais de 1,2 bilhão de indianos – quase 6 vezes a população brasileira – em seu programa de identidade digital, o Aadhaar.
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O sucesso do sistema de cadastro indiano reside em sua simplicidade. Com apenas 4 dados básicos (nome, nascimento, sexo e endereço), e três identificadores biométricos únicos (digital, íris e rosto) o cidadão obtém sua identidade digital.
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A identidade digital garantiu redução de custos e burocracias, menos filas e acesso digital a serviços públicos como marcação de consultas médicas, pagamento de impostos, registro de empresas, fechamento de contratos, programas de assistência social e muito mais. Além disso, aumentou a segurança ao substituir os documentos físicos, reduzindo fraudes, ineficiências e corrupção.
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Ficou muito mais fácil para o indiano contratar serviços privados, o que atraiu investimentos, aumentou a concorrência e levou a melhores produtos e serviços por menores preços.
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As assinaturas de internet e o consumo de dados quadruplicaram em 2017 e 2018. Em 2011, cerca de 40% dos adultos indianos tinham conta em banco. Em 2017, o número saltou para 80%, sendo 66% delas abertas pelo Aadhaar. Agora, esses indianos têm muito mais oportunidades.
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Um relatório da consultoria internacional McKinsey prevê que essa onda de digitalização na Índia tem um potencial de 265 bilhões de dólares entre 2019 e 2025 nos mais diversos setores, com grande ênfase para os serviços de tecnologia.
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No mesmo período, o ganho de produtividade gerado pela digitalização deve criar até 65 milhões de novos empregos.
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A experiência indiana nos mostra que é possível implementar a identidade digital no Brasil, facilitando a vida das pessoas, estimulando a geração de empregos, reduzindo a burocracia, a corrupção e a pobreza. A digitalização é um passo essencial para termos um Estado mais eficiente e que pese menos no bolso do cidadão.