Covax Facility: Entenda como o Governo Federal abriu mão de 170 milhões de doses de vacina
O que é? ⠀ A Covax Facility é uma aliança global liderada pela OMS*, Gavi Alliance e CEPI* para que os países em desenvolvimento comprem vacinas. ⠀ *Organização Mundial da Saúde *Coalition for Epidemic Preparedeness Innovations ⠀ Qual é a finalidade? ⠀ O programa foi lançado em abril de 2020 e hoje conta com 10 laboratórios diferentes. Devido à grande desigualdade de renda entre os países, a iniciativa teve como um dos focos garantir que mesmo as nações pobres tivessem acesso às vacinas a preços acessíveis. ⠀ Ainda em 2020, 172 países aderiram ao consórcio. A meta da Covax Facility para 2021 é entregar 2 bilhões de doses em todo o mundo. ⠀ Adesão brasileira ⠀ A adesão do Brasil à aliança foi anunciada de última hora, em 24 de setembro de 2020, 6 dias após o fim do prazo dado pela OMS. Apesar do atraso, foi oferecido ao País a alternativa de solicitar doses suficientes para vacinar 10% ou 50% da população. Infelizmente, o governo Bolsonaro contratou a menor cota, de 10%. ⠀ Quanto custou? ⠀ O contrato custou R$ 2,5 bilhões. Caso tivéssemos optado pela maior cota, de 50%, teria custado R$ 12,5 bilhões. Parece muito? Gastamos R$ 600 bilhões no combate à pandemia apenas em 2020. ⠀ Ao escolher a menor cobertura, o Brasil abriu mão de 170 milhões de doses de vacina que seriam entregues nos primeiros lotes, economizando muito pouco. Apesar de ainda ser possível negociar mais vacinas da Covax Facility, elas entrarão no fim da fila. ⠀ A vacina não era prioridade ⠀ O SUS atualmente opera muito abaixo da sua capacidade de imunização, e isso se deve à escassez de vacinas, agravada pela escolha do governo de cobrir apenas 10% da população. Segundo o ex-ministro Nelson Teich, em depoimento sob juramento na CPI da Pandemia, a vacina não era tratada como prioridade pelo governo: ⠀ “Poderíamos ter conseguido mais doses do Covax Facility.”- Nelson Teich ⠀ O custo da omissão ⠀ Ao recusar 11 ofertas de vacina e contratar a dose mínima da Covax Facility, o Brasil, que era referência em vacinação entre os países em desenvolvimento, atrasou gravemente seu programa de imunização contra o coronavírus. ⠀ Milhares de vidas poderiam ter sido salvas se o Governo Federal tivesse tratado a vacinação como prioridade desde o início. ⠀ O NOVO espera que os responsáveis pelo atraso evitável da entrega de vacinas, assim como pelo colapso da Saúde no Brasil devido ao péssimo enfrentamento da pandemia, sejam investigados com seriedade na CPI da Pandemia e responsabilizados pelos seus atos.
Covax Facility: Entenda como o Governo Federal abriu mão de 170 milhões de doses de vacina
O que é?
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A Covax Facility é uma aliança global liderada pela OMS*, Gavi Alliance e CEPI* para que os países em desenvolvimento comprem vacinas.
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*Organização Mundial da Saúde
*Coalition for Epidemic Preparedeness Innovations
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Qual é a finalidade?
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O programa foi lançado em abril de 2020 e hoje conta com 10 laboratórios diferentes. Devido à grande desigualdade de renda entre os países, a iniciativa teve como um dos focos garantir que mesmo as nações pobres tivessem acesso às vacinas a preços acessíveis.
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Ainda em 2020, 172 países aderiram ao consórcio. A meta da Covax Facility para 2021 é entregar 2 bilhões de doses em todo o mundo.
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Adesão brasileira
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A adesão do Brasil à aliança foi anunciada de última hora, em 24 de setembro de 2020, 6 dias após o fim do prazo dado pela OMS. Apesar do atraso, foi oferecido ao País a alternativa de solicitar doses suficientes para vacinar 10% ou 50% da população. Infelizmente, o governo Bolsonaro contratou a menor cota, de 10%.
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Quanto custou?
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O contrato custou R$ 2,5 bilhões. Caso tivéssemos optado pela maior cota, de 50%, teria custado R$ 12,5 bilhões. Parece muito? Gastamos R$ 600 bilhões no combate à pandemia apenas em 2020.
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Ao escolher a menor cobertura, o Brasil abriu mão de 170 milhões de doses de vacina que seriam entregues nos primeiros lotes, economizando muito pouco. Apesar de ainda ser possível negociar mais vacinas da Covax Facility, elas entrarão no fim da fila.
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A vacina não era prioridade
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O SUS atualmente opera muito abaixo da sua capacidade de imunização, e isso se deve à escassez de vacinas, agravada pela escolha do governo de cobrir apenas 10% da população. Segundo o ex-ministro Nelson Teich, em depoimento sob juramento na CPI da Pandemia, a vacina não era tratada como prioridade pelo governo:
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“Poderíamos ter conseguido mais doses do Covax Facility.”- Nelson Teich
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O custo da omissão
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Ao recusar 11 ofertas de vacina e contratar a dose mínima da Covax Facility, o Brasil, que era referência em vacinação entre os países em desenvolvimento, atrasou gravemente seu programa de imunização contra o coronavírus.
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Milhares de vidas poderiam ter sido salvas se o Governo Federal tivesse tratado a vacinação como prioridade desde o início.
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O NOVO espera que os responsáveis pelo atraso evitável da entrega de vacinas, assim como pelo colapso da Saúde no Brasil devido ao péssimo enfrentamento da pandemia, sejam investigados com seriedade na CPI da Pandemia e responsabilizados pelos seus atos.