Deputado Luis Miranda, em depoimento na CPI da Pandemia, afirma que Bolsonaro sabia da possível participação do líder do governo na compra da Covaxin
“Foi o Ricardo Barros que o presidente falou.” ⠀ Deputado Luis Miranda, em depoimento na CPI da Pandemia, afirmando que Bolsonaro sabia da possível participação do líder do governo na compra da Covaxin. ⠀ ▶️ Gravidade das denúncias ⠀ O depoimento do deputado Luis Miranda na CPI da Pandemia impressiona por sua gravidade. Segundo o relato, o presidente Bolsonaro sabia de um esquema ilegal para a compra das vacinas indianas Covaxin comandado pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, e não teria tomado qualquer ação para investigar as suspeitas. ⠀ ▶️ Recapitulando ⠀ A compra das vacinas Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, está cercada de pontos mal explicados: ⠀ ▪️ A negociação foi realizada por uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos; ⠀ ▪️ A Precisa Medicamentos tem entre seus sócios a empresa Global Saúde, investigada por não entregar medicamentos ao Ministério da Saúde; ⠀ ▪️ Uma terceira empresa, com sede em Cingapura, foi apontada como destino dos pagamentos, sem que isso aparecesse no contrato; ⠀ ▪️ Um servidor do Ministério da Saúde, irmão do deputado Luis Miranda e responsável por liberar a importação de medicamentos contra a Covid-19, relata pressão incomum de superiores para realizar a compra, apesar das inconsistências; ⠀ ▪️ O servidor e o deputado se encontraram com o presidente em março e alegam terem informado Bolsonaro sobre as irregularidades; ⠀ ▪️ O governo empenhou R$ 1,6 bilhões na compra de 20 milhões de doses. ⠀ ▶️ O encontro com o presidente ⠀ Segundo Luis Miranda, ao ser informado sobre o suposto esquema, Bolsonaro teria dito que “isso é coisa do Barros”, e prometido encaminhar uma denúncia à Polícia Federal. Ou seja, o presidente supostamente já sabia das irregularidades e conhecia até o responsável. A PF, porém, afirmou não ter identificado qualquer investigação em andamento sobre o caso. ⠀ ▶️ Ricardo Barros ⠀ Barros também já é alvo, desde 2019, de uma ação na justiça pelo suposto envolvimento na compra de R$ 20 milhões em medicamentos não entregues pela Global Saúde, sócia da Precisa Medicamentos, que atualmente é a intermediária na compra das vacinas Covaxin.
▶️ Prevaricação é uma possibilidade ⠀ Ao ignorar os alertas e não fazer o que estava a seu alcance para impedir, Bolsonaro teria cometido o crime de prevaricação, previsto no Código Penal Brasileiro. Prevaricar é um dos crimes de responsabilidade que podem fundamentar um pedido de afastamento do presidente. Por isso, é importante que as investigações ocorram com seriedade. ⠀ O NOVO acompanha com atenção os desdobramentos da CPI da Pandemia e espera que os responsáveis pelo suposto esquema da Covaxin sejam identificados e responsabilizados. O brasileiro já não aguenta mais a corrupção e a impunidade.
Deputado Luis Miranda, em depoimento na CPI da Pandemia, afirma que Bolsonaro sabia da possível participação do líder do governo na compra da Covaxin
“Foi o Ricardo Barros que o presidente falou.”
⠀
Deputado Luis Miranda, em depoimento na CPI da Pandemia, afirmando que Bolsonaro sabia da possível participação do líder do governo na compra da Covaxin.
⠀
▶️ Gravidade das denúncias
⠀
O depoimento do deputado Luis Miranda na CPI da Pandemia impressiona por sua gravidade. Segundo o relato, o presidente Bolsonaro sabia de um esquema ilegal para a compra das vacinas indianas Covaxin comandado pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, e não teria tomado qualquer ação para investigar as suspeitas.
⠀
▶️ Recapitulando
⠀
A compra das vacinas Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, está cercada de pontos mal explicados:
⠀
▪️ A negociação foi realizada por uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos;
⠀
▪️ A Precisa Medicamentos tem entre seus sócios a empresa Global Saúde, investigada por não entregar medicamentos ao Ministério da Saúde;
⠀
▪️ Uma terceira empresa, com sede em Cingapura, foi apontada como destino dos pagamentos, sem que isso aparecesse no contrato;
⠀
▪️ Um servidor do Ministério da Saúde, irmão do deputado Luis Miranda e responsável por liberar a importação de medicamentos contra a Covid-19, relata pressão incomum de superiores para realizar a compra, apesar das inconsistências;
⠀
▪️ O servidor e o deputado se encontraram com o presidente em março e alegam terem informado Bolsonaro sobre as irregularidades;
⠀
▪️ O governo empenhou R$ 1,6 bilhões na compra de 20 milhões de doses.
⠀
▶️ O encontro com o presidente
⠀
Segundo Luis Miranda, ao ser informado sobre o suposto esquema, Bolsonaro teria dito que “isso é coisa do Barros”, e prometido encaminhar uma denúncia à Polícia Federal. Ou seja, o presidente supostamente já sabia das irregularidades e conhecia até o responsável. A PF, porém, afirmou não ter identificado qualquer investigação em andamento sobre o caso.
⠀
▶️ Ricardo Barros
⠀
Barros também já é alvo, desde 2019, de uma ação na justiça pelo suposto envolvimento na compra de R$ 20 milhões em medicamentos não entregues pela Global Saúde, sócia da Precisa Medicamentos, que atualmente é a intermediária na compra das vacinas Covaxin.
▶️ Prevaricação é uma possibilidade
⠀
Ao ignorar os alertas e não fazer o que estava a seu alcance para impedir, Bolsonaro teria cometido o crime de prevaricação, previsto no Código Penal Brasileiro. Prevaricar é um dos crimes de responsabilidade que podem fundamentar um pedido de afastamento do presidente. Por isso, é importante que as investigações ocorram com seriedade.
⠀
O NOVO acompanha com atenção os desdobramentos da CPI da Pandemia e espera que os responsáveis pelo suposto esquema da Covaxin sejam identificados e responsabilizados. O brasileiro já não aguenta mais a corrupção e a impunidade.