O Brasil volta a cogitar a adoção do Distritão, um sistema eleitoral usado em pouquíssimos países e considerado o pior sistema eleitoral do mundo. Entenda por que adotar esse sistema seria um retrocesso.
Entre as reformas no sistema político-eleitoral brasileiro em discussão no Congresso, vale destacar a proposta de adoção do Distritão, um sistema em que os candidatos mais votados em cada distrito são eleitos, sem transferência de votos. Parece ótimo, certo? Errado. ⠀ Apesar da simplicidade, o Distritão tem uma série de falhas que o fizeram cair em desuso, como o desperdício dos votos aos candidatos que não se elegeram, o enfraquecimento dos partidos não fisiológicos e o estímulo a crimes eleitorais individuais, como corrupção e caixa dois. Nos últimos meses, o projeto tem sido revivido por deputados do Centrão, que atualmente seriam os principais beneficiados pelas mudanças. ⠀ O Distritão existe desde o século XIX, mas o último país relevante a utilizá-lo foi o Japão até 1990. Atualmente está em extinção, sobrevivendo apenas nesses países: ⠀ – Ilhas Pitcairn – Iraque – Vanuatu – Afeganistão ⠀ Parecem bons exemplos para seguirmos? O NOVO acredita que não. ⠀ Em uma consulta feita a cientistas políticos do mundo inteiro pelo pesquisador brasileiro Jairo Nicolau, o Distritão apareceu como o sistema mais rejeitado entre todos. Por isso, não é exagero tratá-lo como o pior sistema eleitoral do mundo na avaliação de especialistas da área. ⠀ O Distritão enfraquece agendas, fortalece o fisiologismo, não aumenta a legitimidade eleitoral e encarece as disputas. Perdem o Brasil e os brasileiros. ⠀ Uma reforma política é positiva quando tem um problema claro a resolver e oferece como alternativa um sistema conhecido e testado com sucesso no restante do mundo. Este definitivamente não é o caso do Distritão. ⠀ O NOVO defende a construção de um sistema político verdadeiramente representativo. ⠀ Aprovar um modelo eleitoral como o Distritão nos distanciará ainda mais desse caminho.
Distritão: o pior sistema eleitoral do mundo
O Brasil volta a cogitar a adoção do Distritão, um sistema eleitoral usado em pouquíssimos países e considerado o pior sistema eleitoral do mundo. Entenda por que adotar esse sistema seria um retrocesso.
Entre as reformas no sistema político-eleitoral brasileiro em discussão no Congresso, vale destacar a proposta de adoção do Distritão, um sistema em que os candidatos mais votados em cada distrito são eleitos, sem transferência de votos. Parece ótimo, certo? Errado.
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Apesar da simplicidade, o Distritão tem uma série de falhas que o fizeram cair em desuso, como o desperdício dos votos aos candidatos que não se elegeram, o enfraquecimento dos partidos não fisiológicos e o estímulo a crimes eleitorais individuais, como corrupção e caixa dois. Nos últimos meses, o projeto tem sido revivido por deputados do Centrão, que atualmente seriam os principais beneficiados pelas mudanças.
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O Distritão existe desde o século XIX, mas o último país relevante a utilizá-lo foi o Japão até 1990. Atualmente está em extinção, sobrevivendo apenas nesses países:
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– Ilhas Pitcairn
– Iraque
– Vanuatu
– Afeganistão
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Parecem bons exemplos para seguirmos? O NOVO acredita que não.
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Em uma consulta feita a cientistas políticos do mundo inteiro pelo pesquisador brasileiro Jairo Nicolau, o Distritão apareceu como o sistema mais rejeitado entre todos. Por isso, não é exagero tratá-lo como o pior sistema eleitoral do mundo na avaliação de especialistas da área.
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O Distritão enfraquece agendas, fortalece o fisiologismo, não aumenta a legitimidade eleitoral e encarece as disputas. Perdem o Brasil e os brasileiros.
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Uma reforma política é positiva quando tem um problema claro a resolver e oferece como alternativa um sistema conhecido e testado com sucesso no restante do mundo. Este definitivamente não é o caso do Distritão.
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O NOVO defende a construção de um sistema político verdadeiramente representativo.
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Aprovar um modelo eleitoral como o Distritão nos distanciará ainda mais desse caminho.